Carlos Lucas, homem da vinha e do vinho, tem um percurso de grande notoriedade no setor. Apesar das suas passagens por locais tão distintos como Montpellier, Piemonte, Priorat ou Vale de S. Francisco ao longo de uma carreira de 25 anos, é no Dão que expressa o expoente máximo do seu talento.
Natural de Coimbra, homem da terra e lavrador moderno tem sido um dos maiores propulsores do moderno Dão, e em 2008 viu o seu trabalho reconhecido ao ser distinguido como “Enólogo do Ano” pela Revista de Vinhos. Com o nariz nos vinhos e as mãos na vinha, Carlos Lucas é um enólogo surpreendente que tanto nos apresenta vinhos modernos como néctares mais clássicos.
“És como o vinho, quanto mais velho melhor”, já diz a expressão popular portuguesa. Mas será mesmo assim?!
Isto leva-nos à questão do envelhecimento dos vinhos… O consumo, no geral, foi-se alterando e tornou-se mais rápido e imediato. O vinho não é excepção e é rara a pessoa que quer esperar 15 anos para beber um vinho. Por isso, a enologia foi-se aprimorando e desenvolvendo de forma a suprir as necessidades dos consumidores, isto é, vinho pronto já e agora.
Mas, e o que acontece nestes processos de envelhecimento?
À medida que o tempo passa, o vinho, que é nada mais nada menos que um ser vivo em constante mutação, vai-se alterando através de uma série de reações químicas. O envelhecimento dos vinhos segue praticamente uma parábola crescente em que existe um ponto ótimo de consumo e que, depois a sua qualidade vai diminuindo. Isto depende, obviamente, de vinho para vinho e das suas características iniciais.
O que se pretende ao envelhecer um vinho é chegar a um ponto de equilíbrio. É pois trabalho do enólogo definir, logo à partida, a potencialidade para determinado vinho envelhecer. Há vários aspetos a considerar tais como a acidez, parte tânica dos vinhos, teor alcoólico, e, deve ter açúcar residual. São estas características que o vão “proteger” durante a sua evolução.
As principais mudanças que ocorrem na garrafa são ao nível da cor, que se vai alterando (no caso dos brancos, intensificando para o tom âmbar, no caso dos tintos aclarando e acastanhando para um tom tijolo), a acidez diminui, os taninos (nos tintos) tornam-se mais suaves e integrados no vinho e, a fruta que existia (tanto a nível de aroma como sabor) vai como que “amadurecendo”; surgem mais aromas terciários dando profundidade aos vinhos como as especiarias, baunilhas, chocolate, tabaco, fumo… O vinho, regra geral, fica mais equilibrado e todos os seus constituintes melhor integrados entre si.
Mas atenção! Nem todos os vinhos têm capacidade para envelhecer e tudo depende do momento de consumo e da experiência que desejamos ter, pois não significa que um vinho envelhecido seja melhor que um não envelhecido.
Os vinhos em destaque na nossa loja online esta semana são bom exemplo desta evolução em garrafa. Por serem exemplares únicos do portfólio de Carlos Lucas, os Ribeiro Santo foram “roubados” à garagem do enólogo diretamente para a Martin Boutique Wines!
Promoção da semana:
Ribeiro Santo Grande Escolha Tinto 2012
Extraordinário vinho com enologia de Carlos Lucas, proveniente da Região Demarcada do Dão, promete impressionar os apreciadores de vinho. Os juris da Mundus Vini Spring Tasting, em 2017, atribuiu à colheita de 2012 (esta mesmo), a Medalha de Prata. É portanto, um vinho com palmarés! Esta semana com um desconto de 15%, pelo valor de 23,05€ na nossa loja online:
https://martinboutiquewines.com/product/ribeiro-santo-grande-escolha-2012/
Destaques:
Ribeiro Santo Grande Escolha 2011
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Ribeiro Santo Reserva 2009
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